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Caro Amante E Estudioso da Arte Animada

Estamos no nosso 3o. ano de constante alimentação do nosso animado index, AdA, onde tivemos o apoio da Professora Dra. Índia Martins (UFF),...

De Tirar o Fôlego

   

Resenha de Filme em Revista On-line
(indexado pela 1a. vez em 14/10/2011)


Autor(a): Lorenzo Aldé
Revista: Revista Educação Pública do Estado do Rio de Janeiro
Órgão: Fundação Cecierj
Ano: 2004[?]
PaísBrasil.

A Pixar, produtora que está revolucionando a linguagem da animação, tem o costume de divulgar seus filmes com muita antecedência: ao lançar um filme hoje, já trata de exibir um trailer sobre o que está aprontando para o ano que vem.

Assim, quem tem filhos pequenos ou é amante da animação há tempos já sabia que o próximo filme da Pixar seria uma trama no fundo do mar. Ao deixar a sala de projeção ainda de queixo caído depois de assistir ao impecável "Monstros S/A" (2001), na minha cabeça já martelava aquela dúvida fininha e antecipada: "Será que essa história de peixinhos vai ser tão boa assim?". No íntimo, duvidava dessa possibilidade. Nada poderia superar Toy Story e Monstros S/A. Recém-criada, a Pixar atingira o auge rápido demais. Manter-se no topo seria tarefa inglória...

Pois é hora de me penitenciar: nunca mais duvidarei do talento dessa turma. A "história de peixinhos" chama-se "Procurando Nemo" e é na verdade uma epopeia de tirar o fôlego.

A imagem idílica que temos do mar, ao menos nos desenhos animados, é posta agrave; prova logo na primeira cena, quando a mãe do personagem-título é devorada por uma barracuda, junto com 399 de suas 400 ovas que estavam para nascer (numa homenagem explícita ao clássico "Bambi", da parceira Disney). O pai resolve batizar o único sobrevivente de Nemo, o nome preferido da mãe, e promete que nunca deixará que nada lhe aconteça.

A forte carga dramática dessas primeiras sequências mobiliza o espectador para a enxurrada de emoções que vem pela frente. Mas engana-se quem pensa em melodrama agrave; la Disney, com princesas saudosas, heróis bonitões e números musicais ora divertidos ora românticos. Estamos falando de um desenho Pixar, para quem o imprevisível é a regra, e cuja sensibilidade consegue tornar os personagens humaníssimos, sejam eles peixes, polvos, tubarões ou pelicanos.

Nemo cresce superprotegido pelo pai e pelo corais, num mundo onde os seres marinhos convivem pacificamente. A câmera passeia rápida como um peixe no meio da estonteante diversidade de cores, luzes e formas daquele universo, e nos carrega junto (em algum momento, a mente adulta se lembrará, embasbacada: "Gente, é tudo computador!...").

Mas Nemo cresce, e chega o inevitável momento de confrontar o pai, de afirmar-se enquanto peixe, demonstrando sua coragem e superando a limitação física (sua barbatana direita é atrofiada). Mas o gesto da simples ousadia juvenil vê-se interrompido drasticamente pelo destino, e eis que Nemo é capturando sem apelação e levado para longe, muito longe de casa. Aqui começa a epopeia de Marlin, pai de Nemo, que terá que superar seu trauma e encarar o mar aberto agrave; procura do filho, que agora habita um aquário de dentista, numa metrópole a milhas dali.

Como contraponto agrave; tristeza do pai, entra na trama, por puro acaso, a divertida peixinha azul Dori, que sofre de perda da memória recente (o que gera os momentos mais engraçados do filme). O otimismo inabalável de Dori era o que faltava ao desesperado Marlin, para motivá-lo a enfrentar todas as adversidades do Mar. E o filme resolve, como um deus impiedoso, impor ao nosso herói as mais terríveis dificuldades, uma após a outra, para testar sua perseverança e fazer valer a sua luta. No fim das contas, para ensinar-lhe muitas lições e transformá-lo em outro homem, quer dizer, em outro peixe.

é ou não é uma epopeia?

Enquanto isso, uma trama paralela se desenrola: confinado agraves paredes de um aquário, Nemo conhecerá outras espécies de peixe, todos muito solidários em seu pequeno mundinho, mas psicologicamente afetados por viverem em ambiente contrário agrave; sua natureza. Sua vida corre perigo: o dentista que o capturou planeja dá-lo de presente a uma sobrinha, típica criança-peste em cujas mãos nenhum bichinho pode sobreviver por mais de alguns dias. Um engenhoso plano de fuga terá que ser executado com perfeição, e rápido, para que ele se livre de tal sina. Assim como o pai, Nemo também deverá encarar testes de coragem e astúcia.

Como já deu para notar, por trás do humor (por sinal abundante e inteligente), "Procurando Nemo"; é um filme tenso. Não dá espaço para o público respirar (muito menos os pobres protagonistas), nem concede cenas decorativas ou de diversão vazia. Nenhum plano é jogado fora. Não há numerozinhos musicais, e sim uma trilha sonora (original, composta por Thomas Newman) densa, orquestral, que oscila entre euforia e angústia.

Diversas sequências antológicas atestam o esmero técnico da produção, e também sua ousadia. Não me lembro de ter visto um filme que deixasse a tela inteiramente escura por longos 20 ou 30 segundos (assim me pareceu), sem sequer um olhinho, uma sombra ou feixe de luz para não parecer que a imagem deu defeito. Assim são os abismos do mar: breu total.

Não bastasse o ritmo frenético, a qualidade do humor e a densidade da trama, o filme funciona como um inventário sobre a diversidade marinha, uma verdadeira aula de biologia. E uma constatação: ser peixe é muito perigoso!

Como poderá o pequeno peixe-palhaço (é o nome da espécie de Nemo e seu pai, mas eles não são tão engraçados) atravessar os sete mares e encontrar o filho, preso num aquário? Improvável? Sim, mas a história não apela para a fada madrinha ou qualquer tipo de magia. As situações são resolvidas dentro da lógica e sem buracos no roteiro (assim como a direção, assinado por Andrew Stanton).

Lá pelas tantas, Dori fica sabendo da promessa inicial de Marlin ao filho: "Não vou deixar que nada te aconteça", questiona o absurdo da intenção: "Se você não deixar nada acontecer, nada vai acontecer! Que promessa estúpida!". Bom recado para, nós, pais e mães: é preciso deixar que as coisas aconteçam a eles, é preciso deixá-los viver. Este é apenas um dos pequenos tesouros com que o filme nos brinda.

Enfim, a Pixar conseguiu se superar. Alguém poderá argumentar que "Procurando Nemo"; não é o filme ideal para crianças muito pequenas, acostumadas com o Ursinho Pooh e recém-saídas dos Teletubbies. Como explicar-lhes que o tubarão viciado (por instinto) em comer peixes decidiu seguir uma terapia de grupo para resistir agrave; tentação e não traçar "os amigos" (ele é bonzinho, então?), mas depois, ao sentir cheiro de sangue fresco, ataca sem piedade nossos heróis (então ele é mau?)? Pode ser. Mas mesmo que não entendam tudo, se divertirão com os carismáticos personagens e ficarão magnetizadas pelo ritmo da aventura.

Já as crianças mais velhas, os jovens e adultos não podem perder. Principalmente estes últimos, que, se ainda tinham algum preconceito, constatarão que animação é coisa séria, e pode ser melhor que muito filme...

PS.: Antes do filme, um trailer nos fez conhecer a próxima produção da Pixar, com estreia prevista para 2004: "Os Incríveis", aparentemente uma comédia satirizando os super-heróis. Poderá esse filme ser tão bom quanto "Procurando Nemo"? Eu não tenho o direito de duvidar...

Palavras-chaveAnimação Americana, Procurando Nemo, Animação 3D, Andrew Staton.

 

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Rio: Animação maravilhosa

   

Resenha de Filme em Revista On-line
(indexado pela 1a. vez em 14/10/2011)


Autor(a): Gabriel Cruz
Revista: Revista Educação Pública do Estado do Rio de Janeiro
Órgão: Fundação Cecierj
Ano: 19/01/2011
PaísBrasil.

O que faz um filme de animação ser classificado como bom? Essa foi uma das perguntas que vieram a minha cabeça nos últimos meses, desde as primeiras imagens de divulgação de Rio, filme produzido pela Blue Sky e dirigido pelo brasileiríssimo Carlos Saldanha.

Essa preocupação nasceu, entre outras coisas, pelo grande frisson causado tanto pela mídia quanto pelos fãs de animação. Muitos ficavam impressionados ao ver imagens de locais do Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o calçadão de Copacabana, o Jardim Botânico, o Sambódromo e tantos outros pontos da Cidade Maravilhosa reconstruídos em computação gráfica. Temia que Rio fosse considerado um ótimo filme apenas por sua técnica e que sua história (pouco divulgada) não fosse tão boa assim.

Mas o temor já caiu por terra nos primeiros minutos de filme. Rio não falaria apenas de samba e Carnaval (forma escolhida por Disney para apresentar a Cidade Maravilhosa ao mundo na década de 1940), mas também viria tratar de outros assuntos importantes, como a preservação das espécies e até mesmo de questões de natureza social. [...]

Palavras-chaveAnimação Brasileira, Rio, Animação 3D, Carlos Saldanha.

 

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Sinfonia Amazônica: O primeiro longa-metragem brasileiro de animação

   

Resenha de Filme em Revista On-line
(indexado pela 1a. vez em 14/10/2011)


Autor(a): Gabriel Cruz
Revista: Revista Educação Pública do Estado do Rio de Janeiro
Órgão: Fundação Cecierj
Ano: 11/08/2009
PaísBrasil.

"Senhoras e senhores, eis a produção do primeiro longa-metragem de animação brasileiro. É um trabalho árduo, mas Deus é brasileiro e vamos conseguir.

Assim começa Sinfonia Amazônica, o primeiro longa-metragem brasileiro de animação, que estreou nos cinemas em 1953 e que foi exibido na edição de 2009 do festival Anima Mundi, em uma homenagem aos irmãos Latini. Em 2008, o longa foi exibido na Cinemateca do MAM pelo Cineclube Brasilis.

Logo no início do filme, o espectador é apresentado a um pequeno making of da produção. Nele vemos o desenhista Anélio Latini Filho, fascinado pela arte da animação, produzindo sozinho todos os elementos da produção: cenários, personagens, animações... Foram aproximadamente quinhentos mil desenhos produzidos diariamente das 8 da manhã até as 4 da madrugada do dia seguinte, durante quase seis anos, e muita boa vontade para produzir o longa que conta a história de sete lendas amazônicas, entre elas a do choro do Urutau, que deu origem ao Rio Amazonas, e a do surgimento da noite. [...]"

Palavras-chaveAnimação brasileira, Sinfonia Amazônica, Nélio Lattine.

 

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O Aprendiz de Feiticeiro: Walt Disney e a experiência norte-americana no desenvolvimento da expressão cinematográfica do cinema de animação

   

Dissertação de Mestrado
(indexado pela 1a. vez em 11/10/2011)


Autor(a): Wander Lucio Araujo Quintao
InstituiçãoUniversidade Federal de Minas Gerais - UFMG
ProgramaPós-Graduação da Escola de Belas Artes
Orientador: Heitor Capuzzo Filho
Ano: 2008
PaísBrasil.

Resumo

Analisa a contribuição de Walt Disney e de seus colaboradores no desenvolvimento da expressão cinematográfica do cinema de animação, a partir da elaboração do panorama histórico, técnico e estético do filme animado. O período estudado abrange o início do século XX, na Europa, até o final da década de 1930, nos Estados Unidos da América, desde o surgimento das técnicas rudimentares de animação, com os seus descobridores e principais divulgadores, até os curtas-metragens animados pelos estúdios e realizadores norte-americanos das décadas de 1910 até 1930, principalmente Walt Disney, desde os anos iniciais de sua formação até 1937. Objetiva compreender e definir a influência e a participação dos principais nomes envolvidos no aprimoramento do desenho animado, principal técnica empregada pelos estúdios norte-americanos. Procurou-se manter uma seqüência cronológica, base para a análise de filmes representativos, considerados essenciais para o entendimento do desenvolvimento e das mudanças técnicas e estéticas na arte do filme animado. Examinaram-se filmes representativos produzidos nas primeiras quatro décadas do século XX, analisando algumas de suas principais inovações e confrontando as observações com as críticas de realizadores e estudiosos da história do cinema de animação. O foco principal da pesquisa é a transposição da linguagem clássica do cinema para a modalidade do cinema de animação, principalmente no desenho animado. Fato que se deu, com maior ênfase, a partir da série Silly Symphony, da Disney, alicerce para a elaborada revolução técnica e estética responsável pela experimentação e mudanças que possibilitaram o desenvolvimento dos longasmetragens de animação do estúdio. Por isso, a análise dedicada a esse período histórico da Disney é a chave para a compreensão do estilo de animação desenvolvido pelo estúdio e que se tornou um padrão de qualidade da indústria cinematográfica do filme animado. Dentre as considerações finais, destaca-se a necessidade de se propiciar uma melhor educação em artes visuais e audiovisuais, objetivando a formação de um espectador de filme animado mais consciente e esteticamente preparado para a fruição desta arte. A qual se evidencia como imprescindível quando se visa à formação de mão-de-obra especializada para o aprimoramento e expansão do cinema de animação do Brasil.

Palavras-chaveWalt Disney, Crítica e interpretação, Animação (Cinematografia), Cinema de animação, Desenho animado.
 

Abstract

This work analyzes Walt Disney's and his collaborators contribution to the development of cinematographic expression of animation movies, from the elaboration of the historical, technical and aesthetical panorama of animated film. The time frame studied includes the beginning of the twentieth century in Europe, until the end of the 1930s in the United States of America, from the appearance of the rudimentary techniques of animation, with their creators and main supporters, the animated shortfilms made by the north american studios and enterprisers from the 1910s to the 1930s, mainly Walt Disney, from his early years until 1937. The aim of this work is to understand and to define the influence and the participation of the main names involved in the improvement of animated drawing, a main technique used by north american studios. We tried to maintain a chronological sequence, as a base for the analysis of representative films which are considered essential for the understanding of the development and of the technical and aesthetical changes in the art of animated film. Representative films produced in the first four decades of the twentieth century were examined, some of their main innovations were analyzed and the observations were confronted with the critics of enterprisers and scholars. The main focus of theresearch is the transposition of the classic language of the movies into the language of animation, mainly in cartoons. This movement started, with larger emphasis, with Disneys Silly Symphony series, which was the foundation for the elaborated technical and aesthetical revolution responsible for the experimentation and the changes that made the development of studios animation films possible. Therefore, a dedicatedanalysis to that historical period of Disney is the key for the understanding of the animation style developed by the studio, which turned into a modal of quality of the cinematographic industry of animated film. Among the final considerations, the need to provide a better education in visual and audiovisual arts stands out, aiming to educate the spectators into being more conscious and more aesthetically prepared to experience, an evidently indispensable characteristic when the improvement of skilledlabor formation is sought along with the expansion of animated movies in Brazil.

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Estudo e Experimentação de Animação Baseada em Comportamento

  

Dissertação de Mestrado
(indexado pela 1a. vez em 11/10/2011)


Autor(a): Marcelo Cohen
InstituiçãoUniversidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRG. Instituto de Informática
ProgramaCurso de Pós-Graduação em Ciência da Computação
Orientador(a): Flavio Rech Wagner, Carla Maria Dal Sasso Freitas (co-orientadora)
Ano: 1996
PaísBrasil.

Resumo

A descrição de animação modelada sempre foi motivo de pesquisa na área de Computação Gráfica. Visando simplificar a especificação do movimento, diversas técnicas surgiram: animação por quadros-chave, algorítmica (ou procedimental), baseada em distorções dos objetos e baseada em comportamento, entre outras. Este trabalho apresenta uma nova abordagem para a obtenção de animação, mais especificamente, animação modelada pela definição de comportamento, na qual a ideia básica é que o usuário não deve ter o controle total e absoluto sobre todas as ações dos atores, mas sim deve ter uma noção de como a seqüência deve se desenvolver. Esta abordagem desenvolveu-se a partir de um estudo realizado das principais técnicas existentes para a obtenção desse tipo de animação, procurando reconhecer as características positives de cada uma, a fim de tentar reuni-las em uma abordagem Única. Foram estudadas as seguintes abordagens: caminhos pré-definidos, sensor-effector, regras de comportamento, algoritmos genéticos e relações. No sentido de facilitar ao máximo esta especificação, surgiu outro objetivo importante para o trabalho: a criação de um protótipo, o qual deveria possuir uma interface gráfica, buscando automatizar e simplificar as operações necessárias definição das animações. O desenvolvimento deste protótipo serviu como meio para validar a abordagem, provando que esta pode ser efetivamente utilizada para a criação de seqüências animadas, com algumas limitações impostas por sua própria natureza. O protótipo permite a definição de animações de uma forma totalmente interativa, facilitando a descrição de comportamentos e a manipulação dos atores em uma cena. Possui ainda ulna função de pré-visualização, para visualizar as animações rapidamente e funções para gravação dos quadros individuais.

Palavras-chaveAnimação, Computação gráfica, Comportamento.
 

Abstract

The description of modeled animation had always been a research subject in Computer Graphics. To make the movement description easier, some methods then have appeared: keyframing, algorythmic animation, physically-based, based in object distortion, based in behavior description, among others. This work presents a new approach to obtain computer animation, specifically, behavioral modelled animation, where the main idea is that the user shouldn't have total control about all actors' actions, but only a notion on how the sequence should look like. This approach was developed from a study of the present research in behavioral animation, trying to recognize the good points of each method and join them in a single approach. The following methods were studied: predefined paths, sensor-effector, behavior rules, genetic algorithms and relations. In the sense to ease at the most this specification, another goal showed up: the creation of a prototype, which should have a graphical interface, looking for the automatization and simplification of the needed operations for sequence definition. The development of this prototype served as a means to validate the new approach, proving that it can be used for the creation of animated sequences, with some limitations imposed by its own features. The prototype allows the definition of animations in a fully interactive way, easing behavior description and actor manipulation in a scene. There is a preview function, to watch animations quickly and easily. Also are provided functions for saving individual frames.

KeywordAnimation, Behavior, Computer graphics.

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