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Caro Amante E Estudioso da Arte Animada

Estamos no nosso 3o. ano de constante alimentação do nosso animado index, AdA, onde tivemos o apoio da Professora Dra. Índia Martins (UFF),...

Animação e Hipermídia: Trajetória da luz e sombra aos recursos midiáticos

 

Dissertação de Mestrado
(indexado pela 1a. vez em 19/10/2011)


Autor(a): Eliseu de Souza Lopes Filho
InstituiçãoPontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP
Programa
Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica
Orientador(a): Sergio Bairon Blanco Sant'anna
Ano: 2007
PaísBrasil.

Resumo

Esta pesquisa centra-se no estudo do cinema de animação e suas relações com a hipermídia. Para isso, elaborou-se um detalhado inventário da animação, situando-a desde as formas elementares as imagens por sombras -, a fotografia, a imagem em movimento e a animação na contemporaneidade, com destaque para novos aportes de linguagem, frente ao recurso da hipermídia. Destacou-se, também adicionais à imagem em movimento , aspectos indiciais e constitutivos que contribuíram para as mudanças, seja no dispositivo ou nos processos cinematográficos da animação: a presença da tecnologia, a ampliação da imaginação e os novos parâmetros da liberdade de criação. Para pontuar as mudanças dos diferentes contextos tratados, utilizou-se o recurso da inserção de imagens fotográficas e de gráficos, com a finalidade de ilustração das premissas sustentadas neste estudo, a saber: a análise deste processo, campos viáveis de aplicação, envolvendo a prática em si da animação, bem como um tipo de disponibilidade da hipermídia, como uma modalidade de avanço no manancial da animação, influindo no processo da criação e, consequentemente, na recepção, por meio da interatividade. Para sustentação, utilizou-se diversos estudos, envolvendo teóricos da animação, da história do cinema e sobre a hipermídia. Incluiu-se, ainda, gráficos e representações desenvolvidos especialmente para esta dissertação pelo autor. Entre os resultados obtidos, apontou-se proximidades da hipermídia com o fazer animação e possibilidades para a animação neste processo de transformação, agora com suporte computadorizado e ferramentas diversas de softwares.

Palavras-chaveHipermídia, Animação, Técnicas de animação, Animação por computador, Multimidia interativa, Tradução e interpretação

Abstract

This research is centered in the study of the animation movies and their relationships with the hypermedia. For that, a detailed inventory of the animation was elaborated, placing it from the elementary forms - the images for shadows -, the picture, the image in movement and the animation in the contemporarily, with prominence for new language contributions, front to the resource of the hypermedia. He stood out, also - additional to the image in movement -, aspects accuse and constituent that they contributed to the changes, be in the device or in the cinematographic processes of the animation: the presence of the technology, the enlargement of the imagination and the new parameters of the creation freedom. To punctuate the changes of the different treated contexts, the resource of the insert of photographic images was used and of graphs, with the purpose of illustration of the premises sustained in this study, to know: the analysis of this process, viable fields of application, involving the practice in itself of the animation, as well as a type of readiness of the hypermedia, as a progress modality in the spring of the animation, influencing on the process of the creation and, consequently, in the reception, through the interactivity. For sustentation, it was used several studies, involving theoretical of the animation, of the history of the movies and on the hypermedia. It was included, still, graphs and representations especially developed for this dissertation by the author. Among the obtained results, it was pointed proximities of the hypermedia with doing animation and possibilities for the animation in this transformation process, now with computerized support and several tools of softwares.

KeywordHypermedia, Animation, Animation techniques


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Uma Odisseia Onírica Infantil

    

Resenha de Filme em Revista On-line
(indexado pela 1a. vez em 17/10/2011)


Autor(a): Karla Hansen
Revista: Revista Educação Pública do Estado do Rio de Janeiro
Órgão: Fundação Cecierj
Ano: 15/01/2004
PaísBrasil.

O filme de animação "A Viagem de Chihiro", uma fábula japonesa,  arrebatou prêmios em todo o mundo (entre eles, o Oscar de melhor filme  de animação e o Urso de Ouro no Festival de Berlim) e tanto o público infantil quanto o adulto.

Chihiro  é uma menina mimada e medrosa que está viajando de mudança  para outra cidade com seus pais. Só que, num desvio do caminho, eles  param diante de um velho túnel e resolvem investigar. O pai toma a  frente, determinado a explorar o misterioso túnel, a mãe o segue e  Chihiro choraminga, querendo ficar, mas logo o medo de ficar sozinha  é  maior e ela corre atrás dos adultos, se agarrando aos braços da mãe. Do  outro lado, há um parque abandonado e uma típica vila tradicional  japonesa, completamente desabitada. Nas ruas, lojas de comida exibem  pratos fresquinhos em abundância. Com fome e atraídos pelo aroma das  iguarias, os pais de Chihiro resolvem sentar e comer. Enquanto isso, a  menina decide conhecer o lugar e encontra o menino Haku, que a orienta a  sair dali antes do pôr-do-sol. Assustada, Chihiro volta correndo ao  encontro dos pais e descobre que eles foram transformados em porcos.

Tarde demais! Chihiro está presa a esse mundo encantado, povoado por  espíritos, animais e criaturas estranhas, que vivem sob o comando tirânico da malvada feiticeira Yubaba. Aí, nossa pequena protagonista  recebe um novo nome, Sen, e precisa vencer uma série de obstáculos, como  conseguir trabalho para livrar seus pais do feitiço e descobrir um modo  de voltar para seu mundo, recuperando seu verdadeiro nome. No início,  com a ajuda de Haku, Chihiro é então iniciada neste mundo paralelo e sua  aventura se torna um aprendizado sobre os valores fundamentais da vida.  Na estadia nesse mundo fantástico, a menina descobre que só com a  solidariedade de amigos e aliados ela consegue vencer as dificuldades, e  sua maior recompensa  é o seu crescimento pessoal e a afirmação de sua  própria identidade.

Além da riqueza do conteúdo, o desenho  é primoroso e todo feito agrave;  mão, antes de passar pelos processos da indústria cinematográfica. São  mais de duas horas (125 minutos) de pura fantasia, uma odisseia cheia de  surpresas e simbologias, que nos prende a atenção do princípio ao fim e  nos faz sentir como se estivéssemos mergulhados num longo sonho. Detalhe importante: já existem cópias dubladas do filme.

Palavras-chaveAnimação Japonesa, A Viagem de Chihiro, Animação clássica, Hayao Miyazaki.

 

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Por Uma Animação Bidimensional

  

Artigo Acadêmico
(indexado pela 1a. vez em 17/10/2011)


Autor(a): Carolina Gaessler
InstituiçãoUniversidade Federal de Pelotas, UFPel, Pelotas, RS
Publicado em: Orson - Revista dos Cursos de Cinema do Cearte, n.1 / UFPEL
Ano: 2011
País: Brasil

Resumo

Sylvain Chomet sem dúvida foi no mínimo ousado em suas duas mais recentes produções de longas-metragens animadas. Chomet não foi só o diretor de As Bicicletas de Belleville (Les Yriplettes de Belleville, Sylvain Chomet 2003) e O mágico (L’Illusionniste, Sylvain Chomet 2010), foi também idealizador da obra como um todo – roteiro, produção e direção de arte. Mas a ousadia não consiste neste ponto. O fato é que ambos os filmes foram lançados em meio a um “boom” da tecnologia 3D e não têm apenas um formato bidimensional, como também um 2D
inusitado, uma estética diferente da que constantemente é vista nos longas, curtas e séries animadas de TV.
As Bicicletas de Belleville traz a história de um garoto – Champion – que é criado pela avó, Madame Souza. Ele é um garoto triste e apático, que não se interessa por nada. Até que um dia a senhora percebe o interesse do neto por bicicletas. Gosto que provém de uma fotografia dos pais da criança, presa na parede de seu quarto. 

Palavras-chaveAnimação 2D, As Bicicletas de Belleville, Cinema de arte

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Dossiê Rê Bordosa e a Narrativa Animada Transmidiática

 

Artigo Acadêmico
(indexado pela 1a. vez em 17/10/2011)


Autor(a): Carla Schneider
InstituiçãoUniversidade Federal de Pelotas - UFPel, Pelotas, RS
Programa: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS
Publicado em: Intercom–Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação /XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Caxias do Sul, RS
Ano: 2010
País: Brasil

Resumo

Este artigo propõe a análise de elementos presentes em planos e sequências do curtametragem em animação stop-motion, Dossiê Rê Bordosa, em exibição desde 2008. A
escolha deste filme deu-se pelo seu perfil transmidiático, identificado pela sua
característica de ser e gerar novas narrativas. Deste maneira, seu ponto de partida esteve
nos registros presentes em tiras e histórias em quadrinhos, do cartunista Angeli, mas
transcende a mera transposição de elementos entre mídias (impressa e audiovisual). A
investigação realizada revela especificidades existentes nas narrativas transmidiáticas
pelo ponto de vista da linguagem do cinema e da animação e sua apropriação como
produtora de imaginários, memórias, representações sociais e culturais.

Palavras-chaveCinema, Animação; História em quadrinhos; Transmidiatização, Linguagem

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De Tirar o Fôlego

   

Resenha de Filme em Revista On-line
(indexado pela 1a. vez em 14/10/2011)


Autor(a): Lorenzo Aldé
Revista: Revista Educação Pública do Estado do Rio de Janeiro
Órgão: Fundação Cecierj
Ano: 2004[?]
PaísBrasil.

A Pixar, produtora que está revolucionando a linguagem da animação, tem o costume de divulgar seus filmes com muita antecedência: ao lançar um filme hoje, já trata de exibir um trailer sobre o que está aprontando para o ano que vem.

Assim, quem tem filhos pequenos ou é amante da animação há tempos já sabia que o próximo filme da Pixar seria uma trama no fundo do mar. Ao deixar a sala de projeção ainda de queixo caído depois de assistir ao impecável "Monstros S/A" (2001), na minha cabeça já martelava aquela dúvida fininha e antecipada: "Será que essa história de peixinhos vai ser tão boa assim?". No íntimo, duvidava dessa possibilidade. Nada poderia superar Toy Story e Monstros S/A. Recém-criada, a Pixar atingira o auge rápido demais. Manter-se no topo seria tarefa inglória...

Pois é hora de me penitenciar: nunca mais duvidarei do talento dessa turma. A "história de peixinhos" chama-se "Procurando Nemo" e é na verdade uma epopeia de tirar o fôlego.

A imagem idílica que temos do mar, ao menos nos desenhos animados, é posta agrave; prova logo na primeira cena, quando a mãe do personagem-título é devorada por uma barracuda, junto com 399 de suas 400 ovas que estavam para nascer (numa homenagem explícita ao clássico "Bambi", da parceira Disney). O pai resolve batizar o único sobrevivente de Nemo, o nome preferido da mãe, e promete que nunca deixará que nada lhe aconteça.

A forte carga dramática dessas primeiras sequências mobiliza o espectador para a enxurrada de emoções que vem pela frente. Mas engana-se quem pensa em melodrama agrave; la Disney, com princesas saudosas, heróis bonitões e números musicais ora divertidos ora românticos. Estamos falando de um desenho Pixar, para quem o imprevisível é a regra, e cuja sensibilidade consegue tornar os personagens humaníssimos, sejam eles peixes, polvos, tubarões ou pelicanos.

Nemo cresce superprotegido pelo pai e pelo corais, num mundo onde os seres marinhos convivem pacificamente. A câmera passeia rápida como um peixe no meio da estonteante diversidade de cores, luzes e formas daquele universo, e nos carrega junto (em algum momento, a mente adulta se lembrará, embasbacada: "Gente, é tudo computador!...").

Mas Nemo cresce, e chega o inevitável momento de confrontar o pai, de afirmar-se enquanto peixe, demonstrando sua coragem e superando a limitação física (sua barbatana direita é atrofiada). Mas o gesto da simples ousadia juvenil vê-se interrompido drasticamente pelo destino, e eis que Nemo é capturando sem apelação e levado para longe, muito longe de casa. Aqui começa a epopeia de Marlin, pai de Nemo, que terá que superar seu trauma e encarar o mar aberto agrave; procura do filho, que agora habita um aquário de dentista, numa metrópole a milhas dali.

Como contraponto agrave; tristeza do pai, entra na trama, por puro acaso, a divertida peixinha azul Dori, que sofre de perda da memória recente (o que gera os momentos mais engraçados do filme). O otimismo inabalável de Dori era o que faltava ao desesperado Marlin, para motivá-lo a enfrentar todas as adversidades do Mar. E o filme resolve, como um deus impiedoso, impor ao nosso herói as mais terríveis dificuldades, uma após a outra, para testar sua perseverança e fazer valer a sua luta. No fim das contas, para ensinar-lhe muitas lições e transformá-lo em outro homem, quer dizer, em outro peixe.

é ou não é uma epopeia?

Enquanto isso, uma trama paralela se desenrola: confinado agraves paredes de um aquário, Nemo conhecerá outras espécies de peixe, todos muito solidários em seu pequeno mundinho, mas psicologicamente afetados por viverem em ambiente contrário agrave; sua natureza. Sua vida corre perigo: o dentista que o capturou planeja dá-lo de presente a uma sobrinha, típica criança-peste em cujas mãos nenhum bichinho pode sobreviver por mais de alguns dias. Um engenhoso plano de fuga terá que ser executado com perfeição, e rápido, para que ele se livre de tal sina. Assim como o pai, Nemo também deverá encarar testes de coragem e astúcia.

Como já deu para notar, por trás do humor (por sinal abundante e inteligente), "Procurando Nemo"; é um filme tenso. Não dá espaço para o público respirar (muito menos os pobres protagonistas), nem concede cenas decorativas ou de diversão vazia. Nenhum plano é jogado fora. Não há numerozinhos musicais, e sim uma trilha sonora (original, composta por Thomas Newman) densa, orquestral, que oscila entre euforia e angústia.

Diversas sequências antológicas atestam o esmero técnico da produção, e também sua ousadia. Não me lembro de ter visto um filme que deixasse a tela inteiramente escura por longos 20 ou 30 segundos (assim me pareceu), sem sequer um olhinho, uma sombra ou feixe de luz para não parecer que a imagem deu defeito. Assim são os abismos do mar: breu total.

Não bastasse o ritmo frenético, a qualidade do humor e a densidade da trama, o filme funciona como um inventário sobre a diversidade marinha, uma verdadeira aula de biologia. E uma constatação: ser peixe é muito perigoso!

Como poderá o pequeno peixe-palhaço (é o nome da espécie de Nemo e seu pai, mas eles não são tão engraçados) atravessar os sete mares e encontrar o filho, preso num aquário? Improvável? Sim, mas a história não apela para a fada madrinha ou qualquer tipo de magia. As situações são resolvidas dentro da lógica e sem buracos no roteiro (assim como a direção, assinado por Andrew Stanton).

Lá pelas tantas, Dori fica sabendo da promessa inicial de Marlin ao filho: "Não vou deixar que nada te aconteça", questiona o absurdo da intenção: "Se você não deixar nada acontecer, nada vai acontecer! Que promessa estúpida!". Bom recado para, nós, pais e mães: é preciso deixar que as coisas aconteçam a eles, é preciso deixá-los viver. Este é apenas um dos pequenos tesouros com que o filme nos brinda.

Enfim, a Pixar conseguiu se superar. Alguém poderá argumentar que "Procurando Nemo"; não é o filme ideal para crianças muito pequenas, acostumadas com o Ursinho Pooh e recém-saídas dos Teletubbies. Como explicar-lhes que o tubarão viciado (por instinto) em comer peixes decidiu seguir uma terapia de grupo para resistir agrave; tentação e não traçar "os amigos" (ele é bonzinho, então?), mas depois, ao sentir cheiro de sangue fresco, ataca sem piedade nossos heróis (então ele é mau?)? Pode ser. Mas mesmo que não entendam tudo, se divertirão com os carismáticos personagens e ficarão magnetizadas pelo ritmo da aventura.

Já as crianças mais velhas, os jovens e adultos não podem perder. Principalmente estes últimos, que, se ainda tinham algum preconceito, constatarão que animação é coisa séria, e pode ser melhor que muito filme...

PS.: Antes do filme, um trailer nos fez conhecer a próxima produção da Pixar, com estreia prevista para 2004: "Os Incríveis", aparentemente uma comédia satirizando os super-heróis. Poderá esse filme ser tão bom quanto "Procurando Nemo"? Eu não tenho o direito de duvidar...

Palavras-chaveAnimação Americana, Procurando Nemo, Animação 3D, Andrew Staton.

 

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