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Caro Amante E Estudioso da Arte Animada

Estamos no nosso 3o. ano de constante alimentação do nosso animado index, AdA, onde tivemos o apoio da Professora Dra. Índia Martins (UFF),...

O Double Coding na Animação: a construção do desenho animado contemporâneo para adultos e crianças

 

Artigo Acadêmico
(indexado pela 1a. vez em 30/01/2013)


Autoras: Luciana Andrade Gomes e Laura Torres S. dos Santos
Instituição: UFMG em Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
Publicado em: XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007.
Ano: 2017
País: Brasil

Resumo

O desenho animado contemporâneo, produzido na perspectiva da indústria
cinematográfica, desenvolveu, a partir das inovações tecnológicas, formas de linguagem
e concepções narrativas que abrem espaços para novas possibilidades de recepção, tanto
no universo infantil como no adulto, expandindo o leque de espectadores de uma mesma
obra. A partir das teorias do Double Coding, postulada por Jenkins e adaptada por
Umberto Eco, e ironia intertextual, dirigimos nossas indagações ao campo da narrativa
cinematográfica, problematizando as estratégias de linguagem dos desenhos animados
contemporâneos e sua relação com os diferentes leitores-modelos. Para isso, vamos
analisar, neste artigo, desenhos animados comerciais e de longa-metragem,
principalmente a trilogia “Shrek”.

Palavras-chave: Desenho Animado, Intertextualidade, Double Coding



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O Ponto de Viragem: a animação brasileira, possíveis desdobramentos de um sonho industrial

   

Dissertação de Mestrado
(indexado pela 1a. vez em 10/10/2012)


Autor: Leonardo Freitas Ribeiro
InstituiçãoPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio. Departamento de Artes e Design
ProgramaPós-Graduação em Design
Orientador: Nilton Gonçalves Gamba
Ano: 2012

País: Brasil

Resumo

Esse trabalho pretende através de uma revisão bibliográfica, análise documental, entrevistas e a própria experiência do pesquisador, identificar aspectos que o contexto atual da animação valoriza ou negligencia, traçando caminhos para se compreender o momento atual da produção brasileira, sua trajetória histórica e possíveis desdobramentos.o trabalho é divido em três partes.na primeira, faço uma revisão bibliográfica do campo da animação no Brasil e contextualizo essas publicações com a prática e a história da animação no país. Na segunda, utilizo a forma dos duplos para conduzir e organizar uma reflexão sobre a animação. O duplo pode ter o sentido de duplicado, de substituto. Igualmente pode representar parceria e oposição. É a alternância desses significados que conduzem o dialogo entre a animação e o cinema de filmagem ao vivo; as técnicas tradicionais e digitaisde animação; o trabalho artesanal do animador e o trabalho industrial nos estúdios de animação; e a produção autoral com a comercial. Na terceira, realizo entrevistas com animadores brasileiros, de caráter qualitativo. Relaciono os discursos dos animadores, com o conteúdo levantado e procuro entender como esse momento de viragem do campo da animação no Brasil é percebido e como poderá afetar o desenvolvimento da animação no país. Assim, pretendo refletir sobre a relevância do cinema de animação de autor e do curta metragem, dentro do campo do design e do cinema como modelo de produção fundamental para a preservação de técnicas tradicionais de animação e simultaneamente renovador da linguagem, importante formador de profissionais e de público. 


Palavras-chave: Design, Animação, Cinema, Bibliografia Especializada, Brasil, Indústria da Animação, Animação Autoral

Abstract

This work aims, through a literature review, document analysis, interviews and the researcher's own experience, to identify aspects that the current animation context values or neglects, and to plot ways to understand the present situation in Brazilian production, its historical background and possible outcomes. The work is divided into three parts. The first is a literature review of animation in Brazil and contextualizes the selected publications within the practice and history of animation in the country. In the second I use pairs to lead and organize a debate on animation. These pairs may have the feeling of being duplicates or substitutes, or may represent partnership or opposition. It is this alternation of meanings that leads the dialogue on the differences between animation and live-action cinema; comparing traditional with digital animation techniques, the animator s craftwork with industrial work carried out in animation studios, and authorial production with commercial production. In the third I describe qualitative interviews undertaken with Brazilian animators. I compare the opinions of the animators with there searched content above and try to understand how the turning point in the field of animation in Brazil is perceived, and how it can affect the development of animation in the country. Therefore, I intend to reflect upon the relevance of authorial animation and short films, within the field of design and cinema as a fundamental production model for the preservation of traditional animation techniques and at the same time a renovator of language, an important factor in the growth of both professionals and their audience.

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Mary e Max, uma Amizade Diferente

  

Resenha de Filme em Revista On-line
(indexado pela 1a. vez em 10/10/2012)


Autor: Eliane Gordeeff
RevistaEducação Pública
ÓrgãoFundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Ano: 2010

País: Brasil

Mary e Max – Uma amizade diferente, longa-metragem em animação que está em cartaz no circuito brasileiro, aborda uma amizade improvável entre um nova-iorquino de 44 anos e uma menina australiana de oito. Ambos são solitários e, apesar das diferenças de idade e de cultura, o relacionamento vai se estabelecendo na base da confidência e do apoio mútuos, através das inúmeras cartas trocadas entre eles ao longo de 18 anos.

Max Jerry Horowitz é judeu, obeso, com síndrome de Asparger (um tipo de autismo); frequenta com relutância as reuniões dos Vigilantes do Peso e mora sozinho em Nova York. Seu único amigo é Afonso Ravioli, um amigo imaginário que vive sentado num banquinho de madeira num canto do cômodo – depois que seu psiquiatra lhe disse que ele não existe. Max também divide seu apartamento com o gato Hal – abreviatura de Halitose (Max tem mau hálito) –, que sempre come o peixinho do aquário do dono. É viciado em cachorro-quente com barra de chocolate (ao invés de salsicha).

Do outro lado do mundo, na Austrália, Mary Daisy Dinkle é a filha única não planejada de um casal. Gordinha e desprezada pelos colegas de escola, tem uma manchinha na testa “cor de coco”, segundo ela mesma. Sua mãe é fumante e alcoólatra (sonhava ser cantora) e o pai é operário de uma fábrica de chá, responsável por colocar os barbantinhos nos saquinhos de chá. O único amigo da menina é o vizinho Len, que perdeu as pernas na II Guerra Mundial, sofre de agorafobia (transtorno de ansiedade) e não sai de casa. Mary tem amizade também pelo galo Mister Biscuit, seu bichinho de estimação, e adora leite condensado.

Lendo isso tudo, é possível achar graça e qualquer um pode pensar que se trata, no mínimo, de uma piada de mau gosto. Mas esses personagens compõem o núcleo principal desse filme animado, produzido na técnica stop motion – a mesma utilizada nos filmes Fuga das Galinhas e A Noiva Cadáver –, mas que, como você já deve ter constatado, não tem nada de infantil.


Apesar das diferenças e da distância entre os dois personagens, a amizade entre eles nasce por meio de uma carta enviada por Mary, aleatoriamente, a um remetente de Nova York. Seu dedinho cai sobre o nome de Max, na lista de um catálogo de endereços da agência dos correios. Ela quer um amigo com o qual possa conversar e lhe responder de onde vêm os bebês – já que a mãe lhe disse que nascem de copos de cerveja. Max recebe a carta surpreso – tem um pequeno ataque de ausência –, mas se interessa em responder àquela carta que vem de tão longe, escrevendo que em Nova York “os judeus nascem de ovos postos por rabinos; os católicos, por ovos postos por freiras; e os ateus, por ovos postos por prostitutas”. O drama e a comédia permeiam a narrativa constantemente. Dessa troca de cartas, aparentemente absurda, inicia-se uma profunda amizade entre dois seres absolutamente solitários. Max nunca teve um amigo (a não ser Afonso Ravioli) nem um relacionamento com uma mulher, enquanto Mary é hostilizada por seus colegas de escola e não tem a atenção de seus pais.

É a solidão que reforça a troca de experiências e a cumplicidade entre os dois correspondentes, apesar de todas as diferenças, regadas a muito chocolate e leite condensado – ambos são apaixonados por doce, como não poderia deixar de ser. Assim Mary vai se tornando uma mulher – com todas as mudanças decorrentes desse fato: se casa, se gradua –, enquanto Max engorda, ganha na loteria, se desfaz do dinheiro, é internado algumas vezes... E por aí vai. É esse o grande destaque de Mary e Max: é a riqueza na construção dos personagens e das situações pesadas, de sofrimento real (são representações de sofrimentos verdadeiros), mas sem cair no vulgar, mesclando com momentos cômicos – a vida não é assim?

O desenrolar da história vai apresentando outras situações que provocam reflexões sobre comportamentos sociais, sobre abandono, consumo, limitações humanas, o valor do dinheiro, o respeito e logicamente, a amizade – não há como não lembrar de Nunca te vi, sempre te amei (1987).

E isso através de bonecos.

Em termos estéticos, os personagens e todo o design da animação é um pouco caricato, e mantém o desenho de outras produções do diretor/animador Adam Elliot, seguindo a mesma narrativa melancólica de Harvei Krumpt (2003), curta-metragem que lhe rendeu o Oscar de Melhor Animação. O ambiente de Nova York é retratado em tons de cinza – a cidade fria –, enquanto o australiano é mostrado em tons terrosos. O colorido só aparece em elementos que sinalizam prazer e afeto para os personagens: no pompom que Mary envia a Max, na língua dos personagens (ambos têm prazer em comer), nos chocolates, milk-shakes, nos lábios das personagens femininas. Os pensamentos dos personagens são apresentados na tela por meio de animações, em sua maioria em desenho animado, e não com bonecos. Isso cria uma diferença imagética dentro da história, entre o que acontece e o que é imaginado pelos personagens.

Emprestam suas vozes Toni Collete (Pequena Miss Sunshine) para Mary adulta, Philip Seymour Hoffman (Capote) para Max, e Eric Bana (Munique) para Damien – o amor de Mary. A narração é feita pelo ator australiano Barry Humphries. É possível também reconhecer várias músicas que pontuam a história.


Mary e Max é um filme que deve ser visto por todos, mesmo por crianças. Numa sociedade tão individualista, em que a tecnologia nos aproximou nos distanciando cada vez mais, é bom ver aquele personagem solitário recebendo e lendo cartas – por correio, não é e-mail – escritas à mão por sua pequena amiga. Não há como não se identificar com Max quando este olha pela janela de seu apartamento ou quando assiste à TV. Este filme é uma ótima fonte de questionamentos, reflexões e aprendizado.

Escrito e dirigido por Elliot, Mary e Max foi baseado na história do próprio Elliot, que teve um amigo (com Síndrome de Asparger) morador de Nova York, com o qual se correspondeu por 20 anos. Foi selecionado para a noite de abertura do Sundance Film Festival de 2009, premiado no Festival de Animação de Annecy (o mais importante na área), no Festival de Zagreb e no de Stuttgart, entre outros.

Mais informações, visite http://www.maryandmax.com/
Para ver o trailer, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=MgRjB8PEDkM

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O Espetáculo de uma Obra Animada

  

Artigo Acadêmico
(indexado pela 1a. vez em 20/07/2012)


Autora: Eliane Gordeeff
InstituiçãoUniversidade Federal de Pelotas, UFPel
Publicado em: Orson - Revista dos Cursos de Cinema do CEARTE - UFPel, edição número 2. Pelotas: Centro de Artes/UFPel, 2012, pp. 25-37.
Ano: 2012
País: Brasil

Resumo

A partir de 1990, a arte da animação tem se desenvolvido amplamente com a informatização dos meios de produção. E como já observavam Adorno e Horkheimer (1996, p. 65), as obras animadas se transformaram em produtos á mercê das manipulações econômicosociais do mercado, como também elementos mantenedores do sistema – e de fuga da realidade, seguindo os estudos de Guy Debord (2003). Assim, são lançadas no mercado superproduções que extasiam o público, sendo verdadeiros espetáculos de efeitos digitais. Porém, mesmo neste contexto, existem iniciativas de desenvolvimento de uma arte menos mercantilista. Pois “espetáculo”, não significa apenas eventos com forte aparato cenográfico e de efeitos, mas também “olhar”, “observar atentamente”, “contemplar” – latim, spectaculu (HOLANDA, 1999, p. 815).
Uma das instituições que tem por filosofia o desenvolvimento da linguagem audiovisual é o National Film Board of Canada, sendo notoriamente conhecido como um polo produtor de obras de animação autoral, obras que possuem “um caráter, uma personalidade, uma vida real, uma psicologia e até uma ‘visão de mundo’ que concentrem sua função sobre sua própria pessoa e sobre a sua ‘vontade de expressão pessoal” (VERNET in: AUMONT, 2008, p. 110). Tais projetos resultam numa manifestação artística homogênea, e visualmente mais pregnante que, como confirma Alexander Petrov, “se mantém a individualidade, sua ideia, a especificidade do estilo do animador, sua peculiaridade estética, tudo o que geralmente se perde nas grandes produções” (2009).
Em 1999 um dos projetos selecionados pela instituição foi Aria (2001), um curta-metragem de animação com bonecos baseado na ópera Madame Butterfly (1904), de Giacomo Puccini (1858-1924), do animador russo, radicado em Oslo, Piotr Sapegin. Um dos destaques dessa animação, e uma das razões de sua escolha para o estudo, é o fato de transportar a grandiosidade de um espetáculo teatral, com diálogos, para os pequenos cenários de uma animação. Num ambiente intimista, sem comunicação verbal, através da linguagem cinematográfica e da técnica de Stop motion, Sapegin criou um novo espetáculo, em termos de narrativa e de representação, que concentra a tensão e a força emocional da ópera.
Partindo deste recorte, se apresenta adequado o pensamento de Guy Debord sobre o espetáculo que, “compreendido na sua totalidade, é simultaneamente o resultado e o projeto do modo de produção existente” (DEBORD, 2003, p.15), sendo complementado, neste texto, por alguns pontos da estética relacional de Nicolas Bourriaud e pelos estudos de Patrice Pavis, Andrei Tarkovski, Marc Vernet e Henri Bergson. O objetivo deste artigo é analisar como o animador constrói uma nova narrativa a partir do espetáculo teatral e compreender suas imagens.

Palavras-chave: Espetáculo, Animação de Bonecos, Stop Motion, Animação Russa



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Openmocap: uma aplicação de código livre para a captura óptica de movimento

  

Dissertação de Mestrado
(indexado pela 1a. vez em 31/05/2012)


Autor: David Lunardi Flam
InstituiçãoUniversidade Federal de Minas Gerais, UFMG. Instituto de Ciências Exatas 
ProgramaPós-Graduação em Ciência da Computação
Orientador: Arnaldo de Albuquerque Araujo e Joao Vitor Boechat Gomide
Ano: 2009

País: Brasil

Resumo

A captura de movimento é, nos dias de hoje, uma técnica valiosa para a animação de personagens virtuais em filmes e jogos digitais graças ao alto grau de realismo que pode ser alcançado. Infelizmente, grande parte dos sistemas disponíveis atualmente para realizar a tarefa têm alto custo e são proprietários. Neste trabalho, uma aplicação de código livre para a captura óptica de movimento é desenvolvida, baseada em técnicas de análise de imagens digitais. As etapas de inicialização, rastreamento, reconstrução e saída são todas realizadas pelo software construído, o OpenMoCap. A arquitetura definida é apropriada para gravação em tempo real de movimento e é flexível, permitindo a adição de novos módulos otimizados para partes específicas do fluxo de captura, aproveitando as outras partes já existentes. Experimentos com duas câmeras com LEDs infravermelhos e marcadores reflexivos foram realizados e a metodologia criada foi avaliada. Apesar de não possuir a mesma robustez e precisão da solução comercial comparada, este trabalho funciona para animações simples e serve como incentivo para a pesquisa na área.


Palavras-chaveImagens Técnicas Digitais, Computação, Imagem Tridimensional

Abstract

Nowadays motion capture is a valuable technique for virtual character animation in digital movies and games due to the high degree of realism that can be achieved. Unfortunately, most of the systems currently available to perform that task are expensive and proprietary. In this work, an open source application for optical motion capture is developed based on digital image analysis techniques. The steps of initialization, tracking, reconstruction and output are all accomplished by the built OpenMoCap software. The defined architecture is designed for real time motion recording and it is flexible, allowing the addition of new optimized modules for specific parts of the capture pipeline, taking advantage of the existing ones. Experiments with two cameras with infrared LEDs and reflexive markers were carried out and the created methodology was assessed. Although not having the same robustness and precision of the compared commercial solution, this work can do simple animations and it serves as an incentive for research in the area.

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